sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Trabalhadores da rede estadual de educação também declaram estado de greve

A insatisfação com os salários não é infortúnio apenas da classe do município de Nova Brasilândia. Em assembléia na manhã de terça-feira (09/02) na sede do Sintero, em Porto Velho, a categoria deflagrou a mobilização em todo o Estado  que contará com manifestações e atos públicos. Se não houver negociação poderá culminar  com a greve na educação a partir de março


Foto e informações: Site do Sintero

Entregue em 2010, a pauta de reivindicação da categoria  e ainda sem êxito nas negociações com o governador Ivo cassol, é o principal ponto que levaram a categoria a tomar a decisão que pode até culminar com uma greve a partir de março, caso não o governo não estabeleça um diálago para as negociações. Eles cobram também o cumprimento da promessa de reajuste salarial. Com isso, "O governo não pode alegar que o movimento dos trabalhadores em educação teve origem em ano eleitoral”, saleintou Manoel Rodrigues, Secretário-Geral do Sintero. Ele destaca que "o governo habil para discutir a questão, já que as campanhas salariais foram deflagradas com bastante antecedência".
O sintero cobra também a promessa feita pelo governador Ivo Cassol acerca da transposição." O governador prometeu que assim que fosse aprovada a transposição, daria um aumento aos servidores e até agora nada. Ao contrário, ele aumenta os cargos comissionados", argumentou o secretário de assuntos jurídicos, Nereu Klosinski.
Outra cobrança do Sintero foi o compromisso assumido pela secretária de Estado da Educação Marli Caúla durante a Conferência Estadual de Educação para a um reajuste emergencial de salário e discussão de um reajuste de reposição das perdas do poder de compra da categoria.
Na avaliação das perdas, os diretores do Sintero compararam o salário pago hoje com o que a categoria recebia no início do primeiro mandato do governador Ivo Cassol. Um professor ganhava mais de 7 salários mínimos e hoje não chega a três mínimos. Um funcionário de escola ganhava três salários mínimos e hoje recebe menos de um mínimo. Os professores de Rondônia tinham o terceiro melhor salário do país, mas hoje estão entre os cinco piores.
Seguro Pecúlio Iperon
Na assembléia, desta terça-feira, o primeiro item que recebeu deliberação dos trabalhadores em educação foi a análise e votação da segunda proposta feita pelo Iperon para pagamento da ação do Seguro Pecúlio. Apesar de ser uma ação ganha na Justiça, o Iperon vinha descumprindo, segundo o Sintero, a ordem judicial de devolver com juros e correções os valores descontados indevidamente dos contracheques dos servidores a título de Seguro Pecúlio.
Depois de descumprir a decisão da Justiça por mais de um ano, em dezembro de 2009 o Iperon fez uma proposta para pagar a ação, sem juros e ainda com deságio de 10%. Submetida à assembléia, a proposta foi rejeitada por unanimidade nas assembléias dos trabalhadores em educação em todo o Estado.
A nova proposta, aprovada em Porto Velho, mas que ainda vai ser avaliada e votada em assembléias em todas as demais Regionais do Sintero, consiste no pagamento da ação ainda sem os juros do período, mas também sem o deságio de 10%.
O Sintero fez os cálculos e concluiu que os servidores ainda perdem aproximadamente 30% do valor que tinham direito em 2006, quando o cálculo foi feito. Os detalhes do cálculo, as vantagens e as desvantagens da proposta foram explicados pelos diretores do Sintero na assembléia. Entretanto, segundo a presidente Claudir Mata, cabe tão somente aos servidores decidirem se aceitam ou não. “O papel do sindicato é esclarecer, colocar em votação e acatar a decisão da maioria. A categoria aprovou, e agora vamos ouvir a decisão das demais regionais e tomar as providências cabíveis”, disse.

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